Demandas...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


Saudações!

Decidi falar um pouco sobre meus filmes favoritos...muito claro que se trata de O Senhor dos Anéis.
Não vou me dar ao trabalho de dizer o quão maravilhoso é o enredo. Creio que já deixei bem claro o quanto gosto de Tolkien. Na verdade os pontos que mais me chamam a atenção nesse momento são os que ligam a fantasia e a realidade...
Tão impossível quanto dois hobbits chegarem a Montanha da Perdição e destruírem o Um anel, era a demanda de Peter Jackson, quando se propôs a transformar a saga de J.R.R.Tolkien em filme. Boa parte das pessoas que sabiam a respeito da produção de O SdA dizia que esses filmes seriam a ruína da New Line Cinema.
Assim como a demanda do Um anel tomou a vida antiga de Frodo para transformá-lo em alguém que jamais se encaixaria em um lugar como o Condado novamente, também as gravações de O SdA tomaram boa parte da vida de Peter Jackson.
Um ano antes de começarem as gravações, que levariam dois anos de filmagem ininterruptos na Nova Zelândia, nosso Frodo neozelandês procurava sets de filmagem, arrumava investidores e procurava atores que não tivessem um gênio difícil de se lidar( em função da longa duração do trabalho, seria um desastre se um ator que fizesse um personagem importante como Gandalf, por exemplo, resolvesse "pular fora" do projeto). As hortas e jardins bem cuidados do Condado, morada dos hobbits, começaram a ser plantados nessa época para garantir que a terra de Frodo e Bilbo desse a impressão de que os hobbits moravam naquele lugar por séculos. Peter Jackson investiu bem mais que dois anos para garantir que a Terra Média ganhasse vida.

O rompimento das sociedades...

Sendo a produção dos filmes um trabalho tão longo, não é de se admirar que a equipe tenha se unido como a própria Sociedade do Anel. Dias que começavam as quatro da manhã e mantinham atores e outros profissionais juntos por pelo menos duas horas( em média o tempo que era necessário para maquiagem) fizeram o trabalho de aproximar colegas de trabalho até se tornarem grandes amigos.
Em "As Duas Torres", temos o rompimento das sociedades, sim, eu escrevi das sociedades, pois, na narrativa, A Sociedade do Anel se separa e na 'vida real' As Duas Torres mobilizava ateh seis unidades filmando simultaneamente em diferentes partes da Nova Zelândia. Os pequenos núcleos que acompanhamos ao longo da obra de Tolkien refletiam na equipe de Peter Jackson, Frodo e Sam se encontram isolados da Sociedade do Anel, bem como Elijah Wood e Sean Astin ficam isolados dos outros atores já que a maioria de suas cenas desde As Duas Torres até O Retorno do Rei, são penas com os dois e com Gollum.
A grandiosidade da demanda do anel de certa forma é também a grandiosidade da adaptação da obra para o cinema. Só as filmagens da batalha no Abismo de Helm reuniram um grupo de centenas de figurantes por três meses em que só se trabalhava à noite. Muitos ficavam com hiportermia devido ao frio e a chuva constantes das noites neozelandesas. A dor e o cansaço físico eram companheiros constantes, mas todos ganharam suas medalhas no Abismo de de Helm.
Ainda poderia continuar por parágrafos inteiros falando sobre as curiosas ligações que existem entre a obra e a maravilhosa equipe de Peter Jackson, mas como todos os mortais tenho coisas não tão nobres a fazer, a limpeza da casa me espera.
Portanto, termino dizendo que a história das filmagens traz consigo um dos maiores atributos de O SdA,o lado bom da humanidade. Aquela centelha de amizade e nobreza que ainda consegue dar alguma esperança ao mundo.Sabe?
O que há em nós que ainda nos faz valer a pena mesmo com tudo o que temos de ruim e que precisa ser melhorado.
Em O Senhor dos Anéis e na própria produção do filme há a força e a esperança que fazem as grandes mudanças quando existe apenas a esperança dos tolos.

That's All.

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