Do Amor...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010





Não é curioso o modo como as pessoas se referem a seus entes queridos?
Todos já dissemos algo do tipo "Não quero perdê-lo (a)" ou "Como ele (a) pôde fazer isso comigo?” (se referindo a uma ação que na realidade só prejudica ao próprio sujeito dela).

Será que já amamos alguém de verdade?

Será que o ser humano tem essa capacidade?


De quando em vez, penso que não. Quando dizemos que estamos amando alguém, no íntimo o que nos apraz nisso é ter seja atenção, carinho, lealdade ou simples contato físico. Há sempre exigências para com o ser amado, mas muito poucas para conosco. Grande parte de nós quer que o outro se comprometa de uma forma que nós mesmos nunca pensamos em fazer. Cobramos algo que não estamos dispostos a dar. Aqui me refiro especificamente à liberdade.
O amor é mesmo assim um sentimento tão mesquinho? Que cobra e exige mudanças por parte do ser amado?
Não! Não acredito nisso.
O amor verdadeiro é aquele que só exige de si mesmo, que se importa com a felicidade do ser amado, mesmo em detrimento de suas próprias vontades. Amar alguém é querer que ele (a) seja feliz mesmo que a felicidade dele (a) não esteja ao nosso lado.
Liberdade.

Amor e liberdade são praticamente sinônimos. É difícil ver a quem amamos em dificuldades, mas nada se deve fazer além de dar bons conselhos. Se a ajuda é recusada e o amor que moveu a oferta é verdadeiro, cabe a quem ama deixar que o ser amado encontre seu próprio caminho. Tentar resolver o problema veta a oportunidade de quem é amado de aprender com os próprios erros.

Eis que temos uma das maiores provas de amor!

Fechar os olhos ao que está para acontecer quando sua ajuda foi recusada e suportar o fato de que a pessoa a quem foi oferecida a ajuda não consegue ver a beirada do abismo e precisa cair para se dar conta de que tomou o caminho errado.
Será que existe? Um amor tão livre e tão belo?
Bom, não espere que eu responda essas perguntas. Vivemos todos na esperança de que ele exista, não? Pq no fim a humanidade busca por isso mais do que qualquer outra coisa. Mesmo quando busca por dinheiro pq quando o faz o maior motivo é o prestígio, que não deixa de ser uma espécie de falso amor. Às vezes me sinto otimista e creio que esse tipo de amor existe que é apenas uma questão de sorte ou de tempo, e às vezes acho que somos muito egoístas para conseguir sentir algo tão puro e desinteressado.
Que a dúvida nos acompanhe e desapareça a cada início de relacionamento para surgir novamente com os términos e mais uma vez ser sanada num ciclo até o fim de nossa existência ou até finalmente encontrarmos o (a) escolhido (a) de nosso coração.
That’s All

0 comentários:

Postar um comentário