Do pouco tempo...

quarta-feira, 10 de março de 2010


Sinto não poder escrever com tanta frequência agora...
Noz já dorme a sono solto e logo também me recolho aos nossos aposentos, afinal, minha manhã começa muito cedo, logo que o Sol desponta no horizonte.

Hoje tivemos uma pequena discussão. Noz está se sentindo um pouco solitária agora que tenho tantos afazeres novamente. Ela queria que eu convidasse um fauno para morar junto conosco.

Imaginem só!

Quase não tenho espaço para meus livros no quarto. Enfim...

Expliquei para Noz o quão inviável era aquela ideia, perguntei se ela não gostaria de convidar outra fada ou quem sabe um leprechaun para lhe fazer companhia.
Ela se recusou a convidar um leprechaun, afirmando que eles só querem falar sobre si mesmos ( acho que minha amiguinha ainda não notou o quanto é egocêntrica...mas deixemos esses detalhes de lado). Quanto as fadas, disse que seria muito difícil, que fadas não são muito tímidas, mas as pessoas não lhes prestam muita atenção e elas respondem da mesma forma, ignorando as pessoas. Na Irlanda, por exemplo, onde são mais respeitadas, elas podem se reunir sem muitos problemas, mas aqui as coisas são um pouco diferentes...

Para correr o risco de chegar qualquer dia desses e encontrar um fauno no armário...
Coisa que certamente ela faria...
Apelei para o que as fadas tem de maior: o ego.
Perguntei se ela mentiu quando disse ser uma fada muito astuta, quando estudávamos inglês.
Rápida como raio ela colou as mão na cintura e começou a resmungar enraivecida.

Ficou combinado que ela vai falar com alguma fada que goste de ouvir histórias e tentar convencê-la a vir morar conosco.
Ah! Não lembro de ter contado pq Noz resolveu ficar por aqui...

os livros.

Ela adora um bom livro e a maioria dos humanos acreditaria que está louco se visse uma fada ou simplesmente a ignorariam como fazem muitos por aí.

"Os que querem ser muito inteligentes ficam dentro da própria cabeça e da cabeça de outros inteligentes e não se lembram de olhar para fora" Segundo Noz.

De certa forma está certo. Quantas vezes fazemos coisas que consideramos comuns e nem nos damos conta de que fizemos. Como ir a algum lugar em que já estivemos muitas vezes e quando estamos lá não nos lembramos de ter feito o percurso.

Segundo os formalistas russos, essa é a função da arte,nos tirar do automatico e fazer com que notemos o mundo que está aconcendo em tempo real.

Noz faz parte da minha vida por causa da literatura... talvez os russos estejam certos.

That's All.

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